16 de mar. de 2010

NOVELA ou Déjà vu?

Entrei num curso de comunicação meio perdido, confesso. Vieram dezenas de disciplinas, na maioria das vezes, teóricas, e eu, cada vez mais perdido.


Como sempre gostei de escrever, certo semestre tive que matricular em Roteiro I, e, a partir daí, tomei gosto pelo curso. desde então, não paro de escrever, de idealizar dramas, documentários. Minha paixão é o docu-drama, que se constitui numa mescla dos dois gêneros citados.


Agora, o que isso tem a ver com o que eu quero falar nesse post? NOVELAS.


Toda novela, também conhecida como drama, dramaturgia, ou telenovela (por aparecer nas telinhas) tem o mesmo esqueleto de um documentário ou de um filme de longa ou de curta metragem. Em síntese, ela é seguida ou orientada por um ROTEIRO.


Vá lá que nenhum filme meu ainda é conhecido, mas, de tanto escrever, acredito ter discernimento o suficiente para fazer uma análise aprofundada, se é que isso é possível.


Então, sendo mais direto, vocês já observaram a qualidade das novelas? São ótimas, não é? Mas, quanto ao conteúdo?


Nesses dias me peguei pensando em como o conteúdo das telenovelas estão tão parecidos uns com os outros. Na verdade, o que diferencia mesmo são os nomes das personagens, alguns atores e, de vez em quando, o cenário, ou a cidade cenográfica, como costumam chamar os sets de gravação. O enredo é praticamente o mesmo.


Talvez os telespectadores (palavra difícil de se pronunciar) não tenha se dado conta do casal apaixonado que, sem mais nem pra quê, descobrem que são irmãos. Já viu alguma explosão? Algum personagem que desaparece e é dado como morto? Sem contar que toda a trama é feita em cima de um mocinho ou uma mocinha, pobre, apaixonada pelo sexo oposto, rico. Daí, para conflitar, vem uma terceira pessoa que fará de tudo para que os dois não fiquem juntos, ou por ganância, ou por questões familiares, e o casal apaixonado (mais um) se desfaz.


Vocês também não devem ter notado a presença dos estereotipados homossexuais e nordestinos (paraíbas), do falso exame de gravidez, dos vilãos que aprontam em toda a estória e são presos no aeroporto, da mala de dinheiro, do esoterismo ou poderes paranormais, do rico que se passa por pobre, e de tantos outros pontos que se repetem sucessivamente, seja nas chamadas “novelas das seis”, na “das sete”, ou na “das oito”.


Comecei a rabiscar alguns desses ingredientes necessários à cada peça dramatúrgica dessas e, quando achava que já tinha finalizado o repertório, me deparo com uma cena de acidente automobilístico. Todos preocupados em achar o corpo da tal vitima fatal, ai ela aparece, em algum lugar distante de tudo, sem memória.


Talvez o título do gênero NOVELA devesse ser alterado, pelo menos momentaneamente, para Déjà vu.

Um comentário:

paloma disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkk

é verdade!
não sei pq, mas tinha observado isso!
kkkkkkkkkkkk