29 de jan. de 2012

Frejat, João Pessoa e o Rock que nunca morre

Tinha tudo pra ser apenas mais um show com uma multidão que não tinha outra opção, num sábado, na praia de Tambaú.

João Pessoa tem dessas coisas. De repente, um evento, organizado pelos gestores públicos, aproveitando a alta estação, hotéis lotados. Daí, coloca qualquer coisa que o povo gosta. Duas latas batendo uma na outra e já se tem um montão de gente ali.

Enfim! Mas voltando ao sábado, em Tambaú... como disse, tinha tudo pra ser apenas mais um show, minguado, como os anteriores desta edição do 'Estação do Som'. E Frejat? Nem é tão conhecido assim. Nem era o Barão Vermelho.

Quando as pessoas com as quais eu tentava montar o grupo pra ir curtir o show, todos diziam exatamente isso, e mais: “E quais músicas ele toca mesmo? Tu conhece alguma?” De pronto lembrei do show do Biquini Cavadão, em 2005. Um bando de ‘Zé Ninguém’ nunca tinha sequer ouvido falar de uma das grandes bandas de Rock BR dos anos 80. Mas, é óbvio! Por aqui só tocam forrós estilizados, axés e um punhado de pagode. De quando em quando aparece alguma coisa diferente, mas não foge muito do gosto da ‘galera’: sertanejo!

Certo, mas voltando mais uma vez ao show. Dificuldade pra estacionar (como sempre) e já chego com a festa rolando. Pra minha surpresa, muita gente nova cantando os sucessos de outros artistas que Frejat fez questão de colocar no repertório. Além destas, as de composição com Cazuza causaram efervescência na turma toda. Ninguém ficava parado quando as músicas da Legião Urbana eram tocadas. Um passeio pela Soul Music e os sucessos que até então me perguntaram se eu conhecia vinha a tona. As músicas da carreira solo de Roberto Frejat não foram menos entoadas que as do restante do show, nem as da época do Barão.

Lá se vai a primeira e maior parte do espetáculo, e, no BIS, como quem retorna ‘Pra Recomeçar’, com o público ainda extasiado, lá se vai uma, duas, e na terceira e última música, uma surpresa. Bruno Gouveia sobe ao palco e, com o jeitão 'Exagerado' de quem conquistou o povo pessoense, apimenta ainda mais a noite, que já era quente por natureza. Quem não foi pode imaginar o que aconteceu na areia daquela praia. Quem foi, talvez ainda não consiga externar o que sentiu.

De fato, as circunstancias me lembraram o show do Biquini Cavadão de 2005. E, como com o Biquini, ‘Daqui até a eternidade’ todos passarão à condição de fãs de Roberto Frejat.


2 comentários:

Unknown disse...

O show foi incrível, me surpreendi com o repertório... De caetano a renato russo, de tim maia a chico buarque... E realmente muita gente nova cantando canções de 20,30 e até 40 anos atrás, foi uma mistura de boa música. E a presença de Bruno lá em cima, realmente foi marcante a noite.

Carol disse...

Como fã do Frejat e do Barão desde sempre, como poderia me opor?
Fique a vontade.
Agora, que tal mandarmos sua crítica para a equipe do Frejat? se eles gostarem podem compartilhar com a galera do Facebook!!!
abraços,
Carol