Mais uma vez, uma multidão foi às
ruas do centro de João Pessoa, clamar por justiça social, direitos humanos e um
montão de outras bandeiras, de diversos movimentos e, de um ou dois partidários
políticos presentes.
O que chamou a atenção no evento
ocorrido quinta-feira, 06 de setembro, além da desmobilização, foi a fala
repetida de algumas lideranças do movimento. Parecia constar no ‘script’: "venham todos, tirem suas camisas de partidos políticos e se juntem a essa
caminhada..."
Mas, a ausência de partidos
políticos implica em politização do movimento? De que forma?
Como que camuflando a presença de
integrantes do PSTU (camisados) e do PSOL (descamisados), o grito parecia
entoar em direção ao Partido dos Trabalhadores e do PSB (Deus me livre do
purgatório por fazer essa breve defesa dos socialistas laranjas).
Compreender que nem o PT, nem nenhum outro partido político, está aquém do que deveria estar é manequim para ser tecido na base, em meio a discussões e formação política. O que se deveria entender é que não há mobilização sem partidos políticos. Como aglutinar se a base está (ou
deveria, pelo menos) nos partidos? Um partido (de esquerda, ou que se diga de.)
contem representatividade de diversos movimentos sociais. São estudantes,
sindicalistas, mulheres, negros, homossexuais, sem moradia, teto ou terra, e
religiosos católicos (mesmo sem a benção do Bispo).
Negar a participação de partidos
políticos é negar que uma parcela da sociedade precisa estar junto dos
movimentos sociais. É negar que as lideranças desses partidos precisam somar no
dia-dia de quem luta por justiça. É pior! É subjulgar o direito à livre
agremiação, filiação ou simpatização à partido A ou B, previsto na Constituição
Federal.
O resultado culmina com uma mobilização como essa do dia 06. E olhe que estamos em período eleitoral...
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