11 de set. de 2012

Grito dos ex-cluídos 2012



Mais uma vez, uma multidão foi às ruas do centro de João Pessoa, clamar por justiça social, direitos humanos e um montão de outras bandeiras, de diversos movimentos e, de um ou dois partidários políticos presentes.

O que chamou a atenção no evento ocorrido quinta-feira, 06 de setembro, além da desmobilização, foi a fala repetida de algumas lideranças do movimento. Parecia constar no ‘script’: "venham todos, tirem suas camisas de partidos políticos e se juntem a essa caminhada..."

Mas, a ausência de partidos políticos implica em politização do movimento? De que forma?

Como que camuflando a presença de integrantes do PSTU (camisados) e do PSOL (descamisados), o grito parecia entoar em direção ao Partido dos Trabalhadores e do PSB (Deus me livre do purgatório por fazer essa breve defesa dos socialistas laranjas).

Compreender que nem o PT, nem nenhum outro partido político, está aquém do que deveria estar é manequim para ser tecido na base, em meio a discussões e formação política. O que se deveria entender é que não há mobilização sem partidos políticos. Como aglutinar se a base está (ou deveria, pelo menos) nos partidos? Um partido (de esquerda, ou que se diga de.) contem representatividade de diversos movimentos sociais. São estudantes, sindicalistas, mulheres, negros, homossexuais, sem moradia, teto ou terra, e religiosos católicos (mesmo sem a benção do Bispo).

Negar a participação de partidos políticos é negar que uma parcela da sociedade precisa estar junto dos movimentos sociais. É negar que as lideranças desses partidos precisam somar no dia-dia de quem luta por justiça. É pior! É subjulgar o direito à livre agremiação, filiação ou simpatização à partido A ou B, previsto na Constituição Federal. 

O resultado culmina com uma mobilização como essa do dia 06. E olhe que estamos em período eleitoral...

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