Em 1937, Getúlio Vargas planta na sociedade, sobretudo na
classe média, o medo de uma suposta tomada do poder pelos comunistas. O Plano
Cohen dá subsídio para que Vargas, pela 3ª vez derrube a Constituição Federal
do Brasil e implante uma Ditadura Militar. É o início de um governo opressor,
diferente do primeiro governo populista, que tanto cativou os brasileiros. Os
partidos políticos perdem sua liberdade. O Congresso Nacional é fechado. É
criado um Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) que tem a missão de
mostrar para o povo quão bom é o Pai dos Pobres.
Em 1961, quando Janio Quadros renunciou ao cargo de Presidente
da República, os ministros Militares tentaram impedir a posse de João Goulart
(vice), devido a sua aproximação com os comunistas – isso era uma ameaça ao Brasil.
Várias reformas foram colocadas em debate. Reformas estas (fiscal, agrária, da
educação, urbana, eleitoral) que não agradavam os conservadores. Como
resultado, o Congresso impediu suas aprovações. Tomados pelo medo do caos, já
que o presidente vinha aprovando as reformas com o apoio dos setores
organizados da sociedade, os militares caíram em campo e tentaram sensibilizar
a população para o risco de se ter um governo comunista, como o que estava “pautado”
por Jango. Veio a Revolução Redentora que derrubou o presidente em 1º de abril
de 1964.
Atualmente...
Insatisfeitos com uma guinada de rumo da economia, onde a transferência de
renda é notória. Em que cada vez mais brasileiros entram para o mercado de trabalho
e saem da linha de pobreza. Onde se conquistam mais e mais direitos, como na
primeira parte do governo populista de Vargas, ou nas intenções governistas de
João Goulart. Quando os acessos aos equipamentos e serviços públicos que até
então eram de exclusividade das elites nacionais passam agora, mesmo que
através de cotas, aos setores menos favorecidos da sociedade. Porque será que
agora a impressão que se tem é que estas elites tentam, também da mesma forma
que os militares de outrora, ligar a imagem do governo ao comunismo (como se
isso fosse ruim para a sociedade) e se baseiam no fantasma da “ditadura do
proletariado” para impor o ódio entre as classes mais necessitadas e os
governistas?
Falta ainda à população perder o medo do comunismo/socialismo, conhecê-lo, e
clamar por ele. Daí, quem sabe, o ódio não vire amor?
Imagem retirada de http://obaudoedu.blogspot.com.br/2011/02/os-smurfs-ok.html
Um comentário:
O título do post me lembrou um filme: A Culpa é do Fidel. Se não assistiu ainda fica a dica. =]
Abraço
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