Guerreira, se dividiu, durante
anos, entre a saudade do esposo, Seu Severino, dos irmãos, os quais criou como filhos, de parentes e amigos e a necessidade de estar com seus seis filhos.
A dor era grande. Tanta que seus
lapsos de memória, cada vez mais constantes, muito provavelmente lhe ajudaram a suportar todo esse
tempo. O carinho dos netos, dos amigos que se tornaram filhos, sobrinhos e
irmãos, fazia valer a pena a sua luta para continuar nessa vida.
Do seu sofrimento da saudade de
tantos que se foram, ninguém sabe o tamanho. Mas o amor que irradiava, embora
tenhamos uma ligeira noção, cálculo matemático nenhum concluirá a sua magnitude.
Pros que ficaram, além da dor da
certeza de que nunca mais poderão beijar-lhe a testa, pedir-lhe a benção e ver
aquele sorriso contagiante, fica também a certeza de que ela, agora, repousa ao
lado dos seus e que Ele, o Senhor de todas as criaturas, está contemplando a
sua seleção de melhores seres humanos, ali, bem ao Seu lado.
Descanse em paz, D. Severina. Olhe por todos, que já já nos encontraremos!